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sexta-feira, maio 25, 2007

Pra não dizer que não falei de cones

Não existe vida mais monótona do que a de um cone. Ele fica lá, parado, aonde quer que o coloquem. Seja em grupo, para desviar caminhos ou simplesmente para tapar um buraco, solitário, um cone só se move com a ajuda de alguém. E isso pode acontecer voluntariamente ou acidentalmente, quando um cone é atropelado. E por que um cone é atropelado? Ora, pois. Porque ele não consegue sair do lugar em que o colocaram, nem mesmo numa situação de risco iminente.

O cone também é, de longe, um objeto indefinido. Na maioria das vezes não sabe se quer ser laranja ou branco, preto ou amarelo. Seu formato disforme complica seu armazenamento e impede que se carregue ele, fisicamente, por muito tempo. Mas a vantagem é que ele pode facilmente ser amontoado com outros cones.

Um cone não se move, minha gente! Ele está aí nesse mundo para fazer com que você dê uma volta maior para chegar aonde quer. Ou para testar sua habilidade de passar por entre muitos deles, ziguezagueando, sem atropelá-los ou tocá-los.

E não adianta, uma coisa é fato: pode brigar, esbravejar e gritar. Ele não vai sair do lugar. Não até que alguém o mova de lá.

Um comentário:

Unknown disse...

D E M A I S

Quantos cones conhecemos?
Quantos cones não se consideram cones?
Quantos são cones com muito orgulho. Por que?

A M E I

Beijos