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domingo, novembro 14, 2010

Não importa a previsão do tempo: se faz frio aqui dentro, no coração, nem mesmo se o sol chegar mais perto vai conseguir esquentar.

quarta-feira, setembro 22, 2010

I don’t belong here

O lado bom de pertencer a lugar nenhum é poder se sentir em casa em qualquer lugar. O lado ruim é sentir saudades de um lugar que você não sabe onde fica.

domingo, setembro 19, 2010

Furtivamente

Numa noite dessas, um ladrão entrou, de mansinho, sorrateiramente, por uma das janelas que, desprevenidamente, estava aberta.
Ele não levou dinheiro, não levou joias. Levou as ideias. Parece pouco, mas era o que possuiam de maior valor.

sábado, junho 19, 2010

OBS. Um tanto quanto ausente, mas tentando voltar à ativa. Por enquanto, arriscando palpites sobre a copa em www.cronicasdacopa.blogspot.com

Prisão

Prenderam a borboleta dentro de uma caixa de sapatos. Está escuro e ela não consegue voar. Lá dentro, não importa que cor têm suas asas.

segunda-feira, maio 03, 2010

Sonhos

É como acordar de um sonho e perceber que tudo aquilo que você viveu não existia. Uma imagem virtual que você tenta agarrar com a ponta dos dedos enquanto ela some como se fosse uma nuvem de fumaça colorida. Tudo visivelmente tão concreto. Tudo concretamente tão irreal. Tudo sonho, tudo fantasia. E os olhos se espremem na tentativa de dormir de novo. De sonhar de novo. Sonho, volte!

terça-feira, março 30, 2010

Sem voz

Roubaram a voz do menino. Com os olhos arregalados, ele olhava para um lado e para o outro, como criança perdida em busca dos pais. Não sabia como tinha emudecido e ainda não tinha descoberto como reaprender a falar. Os olhos rasos de água denunciavam que ele ainda sentia, mas o silêncio fazia entender que já não conseguia se expressar. Sobrava sentimento, faltava compartilhar. E não era porque não queria, era só porque um ladrão o fez calar.

domingo, março 07, 2010

Tempo de chuva

Na calçada molhada

O reflexo de quem caminhava

Perdida entre pingos d’água

Envolvidas por gotas de lágrima.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Ando tão sem tempo que me dei ao luxo de abandonar tudo em troca de uma mesa de bar
Estou tão confusa que deixei a embriaguez me iludir, me abraçar e me levar
Estou tão distante que resolvi voltar, pra perto de mim, pra longe de onde não quero estar.
Falta verso em minha prosa.

domingo, janeiro 31, 2010

Um dia comum

Acordei com o barulho de patinhas de cachorro entrando no quarto. As mesmas que depois se apoiaram na borda da cama para verificar se eu estava acordada. Levantei com o cheiro de café que vinha da cozinha. Afundei com a ponta dos dedos a fatia do pão caseiro que estava à minha frente. Vesti a roupa mais confortável possível para enfrentar uma listinha de tarefas na rua. A garoa me pegou enquanto aguardava pelo ônibus. Da janela em movimento, vi um homem cobrindo o rosto de vergonha. Um rosto triste. Já no meu destino, caminhando pela rua, não consigo deixar de sorrir ao ver um bêbado que dança em cima de uma caixa de cimento na calçada. Ele não se importa com quem passa olhando. Ele dança como se realmente houvesse música. Talvez tenha, mas só pra quem quiser escutar. Resolvo. Penso. Complico. Perco a paciência. Facilito. Agilizo. Almoço de mãe, comida de casa. Feijão preto com arroz e carne moída. Salada de tomate. Tomo o caminho da rua de novo. Os olhos enxergam promoção. Menos dinheiro na conta. Encontro com amigos. Bons amigos. Melhores amigos. Saudosos amigos. Cerveja gelada que mata a sede. Cachorro com cara feliz. O melhor pastel de queijo. Abraços, risadas. Volta pra casa. Antes de escolher o trajeto, alguns minutos de música, do flautista do outro lado da rua. Um homem só. Só com seu cigarro e com sua lata de cerveja. E o homem da flauta ao lado dele. E eu no meu canto. Decido. Caminho. Chego. Hora de dormir de novo.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

O poder que há numa janela e num mp3

Às vezes eu volto a ser uma menina de cinco anos, com os olhos fixos na janela do ônibus, à procura de um detalhe novo, mesmo que velho, que faça a mente vagar por aí, por um mundo de faz de conta que só existe na cabeça de quem se deixa viajar sem precisar sair do lugar. Tudo que é necessário para embarcar nesta viagem é o pensamento livre, embalado por umas dúzias de músicas, criteriosamente escolhidas para virar trilha sonora de momentos inesquecíveis. E também daqueles que duram dois segundos e nunca mais lembraremos. Não até sentir o mesmo cheiro, ver o mesmo sorriso ou ouvir a mesma nota. A mesma mente que viaja solitária esquece e lembra de coisas que jamais podem ser previstas.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Aos melhores amigos do mundo

É um costume. Eu sempre digo que tenho os melhores amigos do mundo. E não minto. Tenho mesmo. Os melhores. Aqueles que mesmo longe sei que estão perto. Mesmo sem dar notícias há algum tempo, sei que não se esqueceram do nosso vínculo. Aqueles que procuram para chorar. Outros que procuram pra dançar. Aqueles que vêm para ouvir e os que se vão para ajudar. Tem gente que só de olhar sabe a resposta. Tem amigo que só de escutar já imagina. E tem aquele que sem nada ver e nada ouvir sente dentro aquele aperto e sabe do mesmo jeito. Amigo para comemorar o aniversário, aquele que faz o aniversário ter sentido. Sem sua mensagem, é festa de criança sem brigadeiro. Amigo que não teme dizer coisas duras, nem dizer não, nem pedir desculpas. Amigo que puxa a orelha, amigo que dá empurrão. Amigo que quer atenção, amigo que quer só companhia no silêncio. Amigo pra ir no cinema, pra dizer pra parar de ser cri-cri. Amigo pra conversar coisas sérias, amigos para falar só coisas fiadas. Compromissos mais fortes do que o de não falar a mentira em jogo da verdade. Afinidades que não se explicam, mesmo quando os perfis são tão parecidos. Menos ainda quando não o são. Histórias que se conectam, que comungam. Podemos ter os mesmos ideais ou não. As mesmas certezas ou não. As mesmas crenças ou não. Os mesmos planos ou não. O que é certo é que, desejar um ano novo feliz, para mim, é desejar um ano novo com todos os meus melhores amigos do mundo. Porque os novos capítulos da minha vida dependem da presença de vocês. E mesmo que tenhamos muito tempo de amizade, nem isso torna enfadonhos os próximos episódios. Porque meus melhores amigos do mundo são criativos. São inovadores. São cabeças aberta. São sensíveis. São divertidos. São engraçados mesmo quando são sérios. E o que mais posso dizer? Que vocês são os melhores amigos do mundo. E, para quem já é o melhor, eu só posso desejar o melhor. Para que vocês sejam os melhores amigos do mundo para muitas outras pessoas neste mundo. Assim, mais gente vai acreditar no amor. E vai acreditar na amizade. E vai ter confiança. E vai aprender a perdoar. E vai aprender a sorrir. E aí, meu amigo, teremos o melhor mundo. Feliz mundo novo, meus melhores amigos do mundo!

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Sentimentos

Pior que sentir fome é não sentir sabor.
Pior que sentir arrependimento é sentir culpa por não ter tentado.
Pior que sentir saudade é nunca sentir amor.
Pior que sentir dor é não sentir nada...