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sexta-feira, julho 11, 2008

Me perdi

Cansei. Nem tenho muito o que falar, o cansaço engoliu minhas palavras. Fico andando entre as pessoas, nas calçadas e nas ruas, e lembrando de tanta coisa, de tanta gente. Não dá pra reunir cada coisa em tentativas exclusivas de um texto filosófico. A filosofia está se esgotando. Na mesma medida em que a areia da ampulheta corre e deixa vazio o espaço que ocupava e que vai ficando pra trás. Tenho procurado coisas que não sei onde estão e nem sei o que são. Repudio a mão que me oferece ajuda com a mesma intensidade em que desejo que ela me dê força para levantar. Ou pouca, ou muita. Tem dias em que o riso chega fácil e resiste e não vai embora. Agora tem uns outros em que ele escapa pela borda dos lábios e corre furtivo pelos cantos e beiradas de qualquer lugar. Sem avisar. E tem muito mais coisas que se perdem. Objetos pela casa. Lembranças antigas. Mapas de como chegar. E, em toda mudança, a gente também deixa para trás um porto seguro. Um amigo, um médico, um dentista, ruas conhecidas, rostos familiares, um nome, um gesto, um abraço, um bem estar. Tudo isso pra, quem sabe, achar outra coisa pra pôr no lugar. Somos, definitivamente, seres muito estranhos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nunca tinho sentido em toda a minha vida, uma paixão a primeira vista, mas assim que tive a oportunidade de topar com a Luana, minhas pernas ficaram bambas e meus olhos brilharam, não conseguia parar de olhar para ela... que charme, que simpatia e que beleza. Gostaria de poder conhecê-la um pouco melhor, mas em decorrência da atual distância entre nós, me contento apenas lendo os seus textos, cuja maioria, sendo muito sincero, não consigo ao menos interpretar o que quer dizer, mas eu faço um esforço, e quem sabe algum dia eu possa lhe perguntar pessoalmente, qual o significado de escritas tão poéticas, e quem sabe também conhecer um pouco do mundinho dessa linda ragazza!

Anônimo disse...

tá na hora de atualizar hein...