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sábado, novembro 17, 2007

O dia em que eu o encontrei

Eu havia esperado por anos, anos mesmo, por aquele encontro. Procurava nos jornais, nos sites e nas revistas por alguma notícia que tratasse da vinda dele, uma das paixões da minha vida, à minha cidade.

Até que, folheando o jornal de um domingo, minha irmã diz: "você viu quem vai estar aqui esta semana?" Gelei. Senti o coração pulsar como se pudesse já prever o que aconteceria em poucos dias.

Os dias que se seguiram foram de intensa espera. Ansiedade, estômago dolorido. Nem a chuva nem o caos da vida me impediriam de sair de casa para vê-lo.

Longa fila para entrar onde nos encontraríamos. Muitas caras, algumas conhecidas. E então, entre todas elas, lá está, ele, em seu silêncio e sua fisionomia pacífica. Cauteloso, sem acessos nem excessos de simpatia. Lindo. Adorável. Tenho vontade de chorar só de pensar que dali, daquela pessoa, por aquelas mãos nascem as palavras que mais gosto de ler e ouvir e que mais me inspiram.

Ouvi atentamente a cada uma de suas palavras, sem conseguir tirar dos lábios o largo sorriso constante. Esperei pelo momento em que poderia dizer para ele todas as coisas que durante muitos anos eu quis dizer.

Com o coração aos pulos, as mãos trêmulas e a voz meio ofegante, quando ele me olhou nos olhos e perguntou meu nome, só pude falar: "Oi, Veríssimo. Eu sou a Luana, uma fã apaixonada por você e seus textos".

Ele riu. E eu também, o resto do dia.

Um comentário:

Thiago Crespo disse...

"E então, entre todas elas, lá está, ele, em seu silêncio e sua fisionomia pacífica. Cauteloso, sem acessos nem excessos de simpatia."

MUITO BOM!
Eu? Continuarei esperando esse dia chegar pra mim também. Pra dizer o mesmo. E rir pro resta da vida.

MUITO BOM!